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sábado, 5 de setembro de 2015

"Vai que no meio dessa merda toda, aparece alguém de verdade." Pensei.

Não tem nada mais cansativo na vida, do que você ser aquilo que você não é. Não tem nada melhor do que ser olhada nos olhos por alguém que nos permita ser só aquilo que a gente tá conseguindo ser naquela hora. Alguém que nos acolha exatamente do jeito que a gente está. Por isso, quando se interessar por alguém e querer que este alguém se interesse de volta, tire a sua maquiagem pra ele ver bem quem você é, pra ele não se encantar por uma ilusão, mas pra ele querer uma mulher de verdade! 
É assim que a gente se sente valorizada, quando podemos nos mostrar de fato.


E eu, depois de tantos desencontros, tantas idas e vindas de paixões, decepções, de tantos recomeços. Havia chegado um dia, que eu já não conseguia mais ser eu mesma, principalmente em relação aos homens. Estava cansada daquele mesmo filme (adicionar, conversar por horas, marcar encontro, uns beijos ou amassos e tchau, a gente se fala, te mando msg... enfim, tava cansada de esperar o que ia ser no dia seguinte). Tava cansada de recomeços, eu queria alguma coisa que continuasse. 


Foi então, que conheci ele, pois é, ele. Numa festa, um dia casual, férias, era open bar, ele me aparece todo seguro e cheio de marra. Esses caras, que tem amigos em toda parte, tem papo, tem charme. (Puts, tem charme!) e aí, a gente se esbarra, se olha, troca meia duzias de palavras e ele me beija (na testa). E sorri. Um sorriso do tipo, que eu sabia que estava na merda. 


Quase procurei no google "manual para não cair em ciladas". Sim, ele era cilada e das boas. E desde então, eu gostei. Gostei de saber que não podia me encantar, e mesmo assim estar me encantando. "Vai que no meio dessa merda toda, aparece alguém de verdade." Pensei. 


Foi então, que com ele, pude voltar a ser quem eu era. Sem máscaras, sem joguinhos, sem roupinha rosa com babados, era preto no branco. Aprendi também, que drama, não funciona com ele. Aprendi que ser bonita não interessa, tem que ser interessante. Ele tem me ensinado cada coisa, tem me ganhado nos detalhes, e aposto que nem desconfia. 


Sabe, a gente dá muita cabeçada na vida até entender como as coisas funcionam. Eu estava me sentindo bem outra vez, me sentindo viva, me dando o valor. Só precisava encontrar alguém na mesma sintonia, que tivesse parceria.

Alguém que mesmo depois que eu me mostrasse por inteira, quisesse ficar. Ele ficou. 

Teve química. Pele com pele. Atração. Típica: amizade colorida. 

Não temos compromisso, nem posse. Não temos nada, a não ser um mero caso. Que virou amizade. Que virou carinho. Que virou cuidado.

O que eu quero? Que ele se abra. Que seja sempre ele mesmo. E que sinta o mesmo que eu. Mais nada. Foi tudo tão rápido, que ri, ri pois soube que meus textos mudariam de dono.



Tenho vontade de pegar o telefone e dizer: "ei, dessa vez, com você, queria que desse certo." 

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