Páginas

Visitas - Let It Be...

Mostrando postagens com marcador Mais amor por favor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mais amor por favor. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu nao sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor.



Teu cheiro fica grudado na minha pele quando a gente se separa. Aos caminhos eu entrego o nosso encontro. Eu não preciso de você. Você não precisa de mim. Mesmo assim eu te quero o mais perto possível. Sou tão cheia de defeitos, tão cheia de detalhes que nunca consegui entender. Mas em você eu vejo algo bom, quando eu estou ao seu lado eu sinto como se eu fosse diferente. Eu sinto como se fosse sua. E isso me faz querer ser perfeita, mas não perfeita aos olhos de todos. Só perfeita aos olhos teus. Talvez eu não queira dizer nada. Ou talvez eu queira dizer que eu gosto de você (de verdade). No fundo, mesmo.. aqui bem dentro de mim, só tenho gritado que estou com saudades. E muitas.



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara.



Eu trocaria absolutamente tudo da minha vida pra viver um amor de verdade. Tô tão cansada e triste. Às vezes sinto falta, às vezes acho que é um alívio estar longe. Quando ele foi embora, eu chorei muito. Então eu percebi que tenho fé... fé em mim. Fé de que um dia eu encontrarei alguém que terá a certeza de que eu sou a mulher certa. Há uma porção de coisas minhas que ele não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi dele e voltei. Comecei a acreditar que entre nós dois, havia uma estranha e secreta harmonia. Mas, me enganei. Ele desistiu muto fácil da gente. Atualmente estou fazendo algumas mudanças na minha vida. Se não ouvir falar de mim, é que provavelmente ele será uma delas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sabe o que é pior de ter um coração partido? Não se lembrar como é que você se sentia antes.




Quantas vezes eu já não me perguntei: o que acontece comigo, que nada dá certo por completo, hein? Justo comigo, que ajudo as pessoas em tantas áreas da vida delas.. E eu entendi que Deus havia respondido a minha pergunta, que foi: “Porque o Senhor me fez desse jeito?” E a resposta foi: “Você confia em mim?” E quando você diz sim para essa pergunta, nada mais importa. Quem me vê aqui e assim hoje, pensa que tudo foi fácil demais. Mas a verdade é que  eu insisto em procurar a base de todos os sentimentos, uma vontade louca de orar com devoção. Sei que assim meus pedidos serão todos atendidos. Deus esta comigo. Amém!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bem no fundo, há coisas que são só minhas. E embora me assustem às vezes, é delas que mais gosto.


Tô com aquela vontade, não de sumir, mas sim de ficar ausente um pouco. Queria ficar longe de tudo, mas pra perto de mim e do meu canto, do meu-eu. Conhecer outros lugares, outras praias, outras pessoas queridas, outros pássaros, outras músicas, outras coisinhas dessas que a gente gosta e que nos faz distrair é sempre bom. Você sabe. São coisas simples, e coisas simples são totalmente demais. Preciso de novas surpresas no meu caminho e acontecimentos em minha vida. Pra já. O mundo pode estar feio, acabado, triste, que eu vou continuar sentindo coisas bonitas. Porque faz bem, pra pele, pro coração, pra cabeça. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar. Uma vontade de me sentir amada. Sou completamente apaixonada por abraços, sorrisos sinceros, palavras verdadeiras. Pessoas inteiras me completam. Odeio pessoas vazias, sem graça, frias, mornas. Pessoas vazias me deixam pra-baixo. Não dá, eu tenho um lado infantil que vai crescer comigo. Eu vou crescer assim. Engraçada, boba, desajeitada, palhaça e ousada. Gosto de abraçar forte, encher de beijinhos, de mordidas. Gosto de inventar a minha vida. De inventar amores. De inventar loucuras. De inventar dores. De inventar desejos. De.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Eu já abri as portas, agora só vai ficar quem gostou da casa porque é simples e, encontrou, por acaso, algum valor no meio da bagunça. Só fica quem gosta do café, das conversas e do pôr-do-sol. Definitivamente, só fica quem quer; quem encontrou e se encontrou. Aqui é bom, há quem concorde. Contudo, sempre tem quem prefira lá fora. Os novos ventos já estão entrando, as cortinas já estão sorrindo. Dessa vez só fica o que for verdadeiro.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Aprendi a amar menos, o que foi uma pena. E aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário.





Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O amor deixa a gente tão idiota, que caímos antes das fichas.



Antes de dormir orei, mas dessa vez não pedi o moço de cavalo branco (carro do ano) e da espada gigante (você) entenderam), apenas agradeci por estar me sentindo tão inteira, feliz, em paz e, principalmente, por não precisar de ninguém ao meu lado para estar bem. Mas no fundo, no fundo, confesso: pensei também que quanto mais inteira, feliz, tranquila e independente eu for, mais chances eu tenho dele aparecer. Vício é vício.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pra mim é tudo ou nunca mais. O problema é que o "nunca mais" dura só umas horas.




De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A gente dá muita cabeçada até entender como as coisas funcionam...



Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo.

Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida? Quantas esquinas eu ainda vou precisar dobrar até ele estar lá? Não é incrível pensar que lá fora existe alguém pra você, que por enquanto é um completo desconhecido? A gente tem mania de querer tudo pra ontem. Só que funciona assim: primeiro andar, buscar um caminho, depois achar alguém.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tive excessos de amores errados. A gente se engana muito com as definições românticas.


Sabe, eu ando meio assim. Meio assim, daquele jeito. Meio feliz e meio não feliz. Tudo tão complicado. Complicado de aguentar. Não sei você, mas eu tenho uma cabeça só pra pensar. Tá certo. Muito certo. Eu tenho tudo, não tudo que eu quero. Tenho tudo que preciso. Não sinto mais impulsos amorosos. Posso sentir impulsos afetivos, ou eróticos - mas amorosos, sinceramente, há muito tempo. Eu gosto tanto de pessoas que cuidam de mim. De qualquer forma que seja. E das que já cuidaram um dia, só Deus sabe a falta que faz. Ocupei-me o tempo todo para disfarçar a saudade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Procurei uma saída; O amor não tem.

Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe. Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, livros, músicas, um pouco de vodka não faz mal a ninguem. Sabe, quero é ser diferente, eu sou, e se não for, me farei. Talvez, afinal, eu devesse começar a acreditar em milagres. Em rezas, em sonhos, em delírios. Tudo passa. Chuva passa, tempestade passa, até furacão passa. Difícil é saber o que sobra.  Só que é por esses caminhos que parecem tortos que você tem que caminhar, e as coisas vêm ao seu encontro.


sábado, 23 de julho de 2011

Só me falta agora arrumar um Grande Amor, assim mesmo, com maiúsculas!



Não vejo a hora desse ano terminar. Ano novo sempre me traz aquela velha expectativa de vida nova! Mudo o visual, faço uma nova lista de sonhos, topo novas escolhas(...) Como eu gosto dessa sensação... Não sei bem se isso é uma qualidade ou defeito, mas sempre fui de pensar a longo prazo, sabe ? A gente tá no meio do ano e eu já tô pensando no ano que vem. Ás vezes o barco tá furado, mas eu enlouqueceria se fosse contra os meus instintos. Também sou dessas, teimosa. Tenho minha vida toda planejada, meus dias, minhas horas, meus minutos. Sempre me agonia quando as coisas saem dos trilhos. Acho que isso assusta um pouco, até compreendo. Por exemplo, se eu começo a namorar um cara é porque eu vejo possibilidade de constituir uma família com ele, imagino que teríamos um bom futuro, que ele daria um bom pai. Mas veja bem, não tô pedindo ninguém em casamento, só acho que se um dia acontecesse, ia ter grande probabilidade de dar certo. Viu, não sou tão louca assim. Só não gosto dessa incerteza de não saber como vai ser amanhã. Mesmo que eu não saiba, gosto de pensar que sei, pelo menos um pouco. Gosto de mudanças, mas quando eu decido que as coisas precisam mudar ! Tá me entendendo ? Talvez eu só precise de terapia. Ou um amor.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Já acreditei em bicho-papão, em homem do saco. Já acreditei em sapo, em príncipe encantado, em alma gêmea, em amor eterno. Hoje eu acredito apenas na verdade.




 É que acho que cada um tem um jeito de ser e de amar e não podemos lutar contra isso.  Se eu gosto, gosto como você é, mesmo que você seja chato de vez em quando. Se eu quero, quero mesmo, mesmo que todos digam para não querer.  Ainda acho, perdoe o romance barato, que existem amores que duram toda a vida.  São raros, mas existem. Tem gente que insiste e quer ver aquele amor que nem existe durar pra sempre. A gente tem que enxergar as coisas como elas são: algumas coisas duram, outras não. E se a gente quer que dure deve cuidar para que isso aconteça. As relações andam vazias demais, quase superficiais. As relações andam com grades, as pessoas viraram prisioneiras.  O amor tem que ser livre. Para amar você precisa respirar. Junto, é claro.  Mas primeiro separado. Você vem antes, o outro depois. E isso não é egoísmo, é necessidade.




Ontem assisti "Amor & outras drogas".  Ri, chorei, solucei. À primeira vista, é mais um filme bobinho, desses que eu gosto, desses que a gente vê para passar o tempo e rir um pouquinho. Mas ele traz uma grande e surpreendente questão: até onde a gente vai por alguém? Até onde a gente vai por amor? Que coisas você abre mão para ficar com o outro? É realmente necessário abrir mão de algo?

O dilema gira em torno da mocinha, que tem a doença de Parkinson. É uma raridade, afinal ela é nova e cheia de vida. E quem tem Parkinson acaba perdendo o domínio do próprio corpo. A mocinha, sabendo de sua condição, não quer se envolver com ninguém. O mocinho se encanta pela mocinha e quer ficar com ela, mas coloca na balança tudo que pode acabar perdendo com essa relação. O mocinho, dividido, presta atenção na frase que um senhor mais experiente diz "essa doença vai levar embora tudo que você gosta nela". E explica que no futuro ela não vai conseguir se vestir sozinha, tomar banho, comer, limpar a bunda. Vale lembrar que o mocinho nunca tinha se apaixonado por ninguém.




Não é fácil uma situação dessas. Acho que você tem que amar muito uma pessoa para conseguir passar por isso. Então eu penso: o que a gente leva dessa vida de verdade? Existe um sentimento mais importante que o amor? É claro que eu me amo, mas se isso acontecesse eu cairia fora? Não, não cairia. O amor é o sentimento mais forte que existe. E é mais forte inclusive que qualquer doença. Se amo alguém eu consigo superar. Se amo alguém nem vou me perguntar se consigo superar. Se amo alguém vou cuidar dessa pessoa com todo amor que tenho. Sei que falar é simples, viver a situação é outra história. Mas jamais abandonaria a pessoa que amo por ela estar passando por uma situação difícil ou por ter uma doença. Lembrei da frase do mocinho no filme, que achei linda e chorei feito criança:

"Você conhece milhares de pessoas, e nenhuma delas toca fundo você. Aí você conhece uma pessoa especial, e sua vida muda para sempre."

É impossível abandonar quem mudou a nossa vida para sempre. Impossível.

sábado, 9 de julho de 2011

Até tento rir de tudo, mas as peças que o amor me prega não tem nenhuma graça.



Preciso receber boas vibrações. Andei caindo do cavalo outra vez.
Talvez isso passe, não sei quando. Talvez seja só uma fase, das mais dificeis que atravessei, mas até passar estarei me desgastando, me consumindo. Também não adianta pedir ajuda a ninguém, ninguém pode dar. Não sei se quero descansar por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir. Tenho impressão que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Na minha memória, você ocupa um dos lugares mais bonitos... A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar, sabe quando vai dar? Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz. E então não repetir nenhum comportamento. Ser nova!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções.



Um dia a gente acorda, os livros nos acordam, um anjo nos acorda, e somos avisados: não adianta mais olhar para trás. É ir em frente ou nada. Viver é uma caminhada e tanto, não tem essa colher de chá de selecionar onde descer. É preciso passar por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação de fracasso e fraqueza. Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo encontrar uma razão pra tudo. Pessoas como eu sofrem mais. Se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Amadurecemos. Nada é estático em nossas vidas. Nada é à toa. Juro que tento. Mas não é tão simples assim. Nunca me apaixonei por quem eu deveria me apaixonar. Sei exatamente o que eu deveria querer, mas nunca achei muita graça em fazer o que eu deveria. Tudo o que eu desejei, não saiu nada conforme o planejado. Às vezes é melhor quando as coisas não são perfeitas. Pelo menos, dessa forma, você sabe que é real.

domingo, 3 de julho de 2011

Ela tinha a impressão de que eles ainda rodariam muito antes de se encontrarem.



Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado.

Me mande mentalmente coisas boas. Estou tendo uns dias difíceis, sabe? Mas nada, nada de grave. Dias escuros sem sorrisos, sem risadas de verdade. Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade. Quando acordo, vejo que meus sonhos não passam disso, sonhos; e é assim que cada dia começa: desejando que não tivesse começado, desejando viver no mundo dos sonhos, ou transformar meu mundo real num lugar que eu possa viver, não sobreviver.



Mas eu sou cheia de fé, isso tá estampado na cara né?! Então, eu abro os meus olhos e fixo meu pensamento naquele versículo que fala: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque elas são renovadas a cada manhã." Aí, aqui dentro tudo se aquieta. E meus dias tem sido assim... Uma esperança leva a outra!

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva boias. 


E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?

domingo, 12 de junho de 2011

E de repente, o complicado se torna fácil.

Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus e-mails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. 


Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja (...) Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, tirou as pedras da minha mão. Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final.

E hoje não vou fazer isso. Não vou ceder, não vou me preocupar. Vou entrar em férias de mim, balancear os pneus, checar o óleo. Vou me amar. Pra depois tentar, quem sabe, amar alguém.

Sou de gêmeos. Um signo de ar, mutável. Eu me distraio com tudo e você não imagina a facilidade que eu tenho de viajar sem sair do lugar. Mas nem tudo que nasceu comigo, ficou. Algumas situações amarraram meus pés no chão, fazendo com que eu me agarrasse firmemente à realidade. Paixões platônicas, Lindo, são para crianças. Foi isso que eu repeti silenciosamente, até me convencer. E deu certo. Quando começo a me iludir por alguém, racionalizo tudo: Por que eu me interesso tanto por ele? Por que ele se interessaria por mim? Por que a gente daria certo? E funciona! Esqueço com impressionante rapidez do meu interesse. Ah, as coisas ficam tão mais fáceis desse jeito! Você não sabe, Menino, mas eu machuco as pessoas. Eu faço com que elas se apaixonem por mim como um desafio, como uma criança testando seus limites. Então enjoo do meu jogo e não dou explicações.  Ainda dá pra você fingir que não me viu. Se der tempo, se você tiver o raro dom de controlar seu coração, se o sentimento não estiver suficientemente forte à ponto de você se prender, fuja. Se você nem ao menos me diferencia das outras pessoas que te cercam, como eu imagino, permaneça assim. Não se aproxime, não se apaixone. Não me escolha como a eleita dos seus dias. Escolha uma dessas meninas com perfis de orkut todos iguais, que gostam de msn, que querem ser pedidas em namoro. Essas meninas que choram e sofrem, depois esquecem e ficam submissas. Eu não sou mais assim..