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terça-feira, 24 de junho de 2025

Se eu me fiz flor pra quem não soube regar, agora eu me planto onde floresço sozinha.

Desapaixonar não é apagar.

É recolher a luz que você colocou numa pessoa que não soube segurar.



Eu já fui demais pra quem só me ofereceu metades.

Fui flor que se abriu em jardim de concreto.

Fui carinho pra quem respondia com silêncio.

Fui presença pra quem me tratava como opção.



Mas hoje… hoje eu tô voltando pra mim.

Eu não vou mais priorizar quem sabe onde me encontrar.

Nem cobrar atenção de quem já teve o privilégio de me ter por perto.

O que ele perdeu não foi só minha companhia —

Foi o brilho do meu olhar, o calor da minha troca,

a leveza que eu levava pros dias dele.

E se ele não sentiu a sorte que tinha…

Vai sentir o vazio que deixou.




Eu não sou mulher pra ser “talvez”. 

Nem pra ser refúgio emocional de quem foge da própria vida.

Eu sou o furacão e a calmaria.

Sou o desejo e a paz.


Hoje, eu desisto dele. 


Mas não por fraqueza —

por sabedoria.


Porque eu mereço reciprocidade.

Mereço alguém que escolha ficar, não só quando é fácil.

Mereço o carinho que não precisa ser cobrado.




E se for pra me encantar de novo…

Que seja alguém que tenha coragem de me merecer.


"Eu devolvo tudo que projetei em você.

Levo de volta meu brilho, meu encanto, meu poder.

E te deixo com o que é seu: o vazio que você criou entre nós".

Não é que os problemas vão ficando pequenos. É que a gente vai ficando maior... Os problemas tem o tamanho que a gente dá pra eles.

 Eu escolho o silêncio que preserva,

e não o impulso que me desgasta. 

Eu sei o valor da minha presença,

e por isso aprendo a me recolher quando não há mais reciprocidade, intensidade.. 

pra mim o que vale é o tempo de qualidade, a presença, os assuntos aleatórios, a frequência, a vontade...

Quem me conhece sabe:

eu posso ser brisa ou furacão —

mas jamais a que precisa cobrar atenção.

O que é verdadeiro não se apaga com um afastamento,

só amadurece na ausência.

Eu sou leve, intensa e rara.

E quem não souber cuidar disso,

me perde no silêncio…

e só se dá conta quando já não me tem mais.

segunda-feira, 20 de março de 2023

Nem todo homem (mas todo homem):

 


Nem todo homem acha que mulher que rebola até o chão é puta.⁣⁣

Mas todo homem já foi incentivado a pensar que sim.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem assobia para mulheres na rua.⁣⁣
Mas todo homem conhece outro que faz isso.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem debocha do corpo de uma mulher.⁣⁣
Mas todo homem reconhece esse comportamento em seu círculo de amigos.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem tem vergonha de chorar.⁣⁣
Mas todo homem cresceu ouvindo que menino não chora.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem se considera o rei da selva, macho alfa e pegador.⁣⁣
Mas todos são incentivados a agir como tal pelos familiares, pelos amigos ou pela mídia.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem vira pro lado e dorme depois de gozar, esquecendo que há outro ser humano ali.⁣⁣
Mas todo homem é condicionado a pensar que tudo bem fazer uma dessas. Que tudo bem transar no automático.⁣⁣
⁣⁣
Nem todo homem tem medo ou se sente ameaçado por uma mulher no ambiente de trabalho.⁣⁣
Mas todo homem já viu uma colega sendo inferiorizada, chorando ou tendo que impor respeito.⁣⁣
⁣⁣
Nem todos estão conscientes do quanto suas palavras e atitudes podem impactar. De como tudo aquilo que fazem chega até uma mulher.⁣⁣
⁣⁣
Nem todos conseguem perceber a influência do machismo na própria trajetória. Alguns, infelizmente, jamais conseguirão olhar com carinho para seus pais, tios e avôs. Outros nem terão a chance de mergulhar em si mesmos, em busca de cura e de amor.⁣⁣
⁣⁣
Mas eu não perco as esperanças.⁣⁣
⁣⁣
Há homens fazendo o caminho inverso.⁣⁣
Há homens procurando terapia.⁣⁣
Há homens dispostos a equilibrar a balança.⁣⁣
⁣⁣
Às vezes - confesso - me pergunto onde eles estão. E em seguida me lembro: não é fácil desabrochar. Não é fácil reconhecer que você passou boa parte da vida fazendo merda. Causando mal. Para pra pensar: quantas mulheres você já magoou, feriu, diminuiu e fez chorar?⁣
⁣⁣
Tá tudo bem.⁣
A dificuldade de vocês é a minha também.⁣⁣
⁣⁣
Ninguém quer admitir que foi (ou é) algoz.
⁣⁣
Mas quanto antes um homem reconhecer o desequilíbrio no seu próprio ser, maior a chance de uma cura coletiva acontecer.⁣⁣

Por isso, coragem, homens.⁣
Vocês têm esse poder.⁣
⁣⁣
A energia masculina que habita em mim acredita desesperadamente na que habita em você.

Texto de @pattycozer

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Não foi a primeira vez que ela se despediu. Mas foi a última!

 




Relato feito por homem: Ela sempre pegou no meu pé, arrumava briga boba, cismava com minhas amizades e sempre dizia que não estaria aqui pra sempre... Eu duvidei.


Errei? Confesso. Me acostumei, deixava pra dizer que amava só em ocasiões especiais sem me dar conta de que cada momento com ela era especial. Ficava sem falar até ela abrir mão do orgulho dela e vir falar comigo primeiro, só para fortalecer o meu ego! “Mulher gosta de homem que despreza”

Me deixei levar, me encantei por outras pessoas, escutei outras amizades; “você é muito novo”, “tá preso”, “a polícia ligou?” “Vai todo mundo solteiro, deixa ela em casa”

E então um belo dia ela se calou, não reclamou mais dos horários, das amizades e nem me cobrou mais atenção. E eu achei que enfim havia vencido.

Uma noite cheguei em casa e ela não estava, um silêncio uma “paz” (pensava eu).
Não havia mais sapatos pela casa, no banheiro nenhuma maquiagem jogada, e até os fios de cabelo haviam sumido do meu pente!

Ela havia partido, sem volta, sem retorno, sem reconciliação. 
Na primeira semana eu não liguei, sai, curti, levei outras garotas para a mesma cama que era nossa, eu estava vivendo!




Na segunda semana não quis sair, fiquei em casa, assisti um filme, depois uma comédia romântica, lembrei da gargalhada que ela dava.

Na terceira semana senti tanta saudade, ao ponto de caçar alguma coisa que tivesse o cheiro dela, pra quem sabe assim eu ter ela por aqui.

Peguei meu celular, o foto não estava no contato, ela havia apagado o meu. Fiz um fake, e ultima foto dela era num barzinho, sem legendas, mas com um olhar muito parecido com aquele, que ela tinha quando eu a conquistei... 
E aprendi na pele que uma grande mulher sempre vai marcar a sua vida. 

Ou por você ter ganho da loteria, ou por você ter perdido o prêmio. 

E eu? Perdi. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Talvez a gente se esbarre e se conheça de novo com o olhar mais maduro e o coração mais decidido



Eu achava que, aos poucos, a gente morria de amor, depois do fim, depois da despedida, mas não, ninguém morre. Dói muito e a angústia chega a apertar o peito; você chora baixinho pra ninguém ouvir antes de dormir e a saudade invade de um jeito avassalador. Quantas vezes eu quis saber como você estava sem mim, se encontrou outro alguém ou se ainda pensava em nós. Mas todas as dores, as feridas, as noites em claro, a angústia que se fazia presente em meu peito, a dor que persistia em ficar, tudo isso passou, a tempestade acabou e deixou-me ainda mais forte. Depois do fim, é difícil recomeçar e como dói lembrar daquele adeus.
Eu nunca precisei esbanjar sorrisos de graça para parecer bem quando eu não estava. Nunca escondi a saudade e evitei a todo custo fazer pose para parecer feliz, quando de fato eu não estava. Portanto, se eu sorrir é porque estou bem, não preciso declarar a minha felicidade aos quatro cantos do mundo como quem precisa mostrar a todos que, depois do fim, superei de forma mágica, não sofri e que estou melhor do que nunca. Sinceramente, acho desnecessário querer parecer feliz e realizado logo após uma história tão bonita, quanto a nossa foi, ter se acabado. Também não vou me abrigar no primeiro abraço, nem me entregar ao primeiro beijo que me aparecer.
Não vou me tornar uma pedra e não vou me fechar para a vida, eu só quero um tempo. Um tempo não para ficar sofrendo, chorando e pensando em tudo que acabou, mas um tempo para aproveitar e sugar tudo o que há de bom, recarregar as energias, descobrir novos lugares para ir num sábado à noite, conhecer pessoas que nunca quis conhecer, terminar a minha lista de séries no Netflix, descobrir onde tem o melhor cappuccino, fazer um tour gastronômico pela cidade e planejar a minha próxima viagem. Esse meu coração teimoso precisa aprender a reencontrar o tal do amor próprio.
Você estava certo quando dizia que me faltava coragem, às vezes, para lutar pelo que eu queria e que eu precisava não me esconder tanto do mundo, não precisava me defender tanto das pessoas e, por mais que as feridas fizessem morada em mim, eu precisava me esvaziar da dor. Lembrei de quando você me dizia o quanto eu era linda e que eu não merecia sofrer. Eu realmente acredito e é por isso que eu não posso deixar o meu mundo desmoronar, é por isso que não posso criar um bloqueio e impedir que coisas boas cheguem até mim, pois a dor não pode ser maior do que as possibilidades tão lindas que vejo por aí, e não posso permitir que essa insegurança tire as coisas boas de mim.
Quero me encantar de novo com a vida, quero continuar me descobrindo, sei que, para pessoas como eu e você, sempre há coisas boas reservadas. E não pense que “não demos certo”, nós demos sim, e muito certo, por um tempo. E agora, outras coisas, pessoas e momentos vão aparecer em nossa vida e vai dar certo novamente, de uma forma diferente, menos intensa talvez mas vai, acredite.
Talvez a gente se esbarre por aí novamente, com o coração mais feliz e maduro, talvez a gente sinta falta e, depois de tantos e reencontros, decida pousar no mesmo lugar. Aprendendo a aceitar aquilo que não soubemos aceitar, amando aquilo que não conseguimos amar, descobrindo aquilo que tentamos esconder e resolvendo tudo aquilo que deixamos para depois. Talvez a gente se esbarre novamente com o coração mais calmo e decidido a lutar, a ficar, mas, por hoje, é melhor alçarmos voo.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Quando ela aprendeu a leveza que é o aprendizado de seus erros, parou de carregar a pesada culpa.



Todas as coisas que eu gostaria de ter te falado ficaram entaladas em meu peito. Às vezes, um golpe de adrenalina me fazia planejar por onde começar a despejar meu questionário sobre nós. Mas do que me adiantariam essas respostas agora? Na melhor das hipóteses, se eu tivesse a coragem de te perguntar e você tivesse a ousadia de me dizer, ainda seríamos o resto de nós dois. O que sobrou do fim? O que sobrou de você em mim? E se você estivesse bem? E se você estivesse melhor que eu? Tenho que te confessar: uma parte de mim não suportaria ouvir que você havia me superado. E saído ileso. Eu sei o quanto dizer isso em voz alta me faz parecer horrível. Sei o quanto isso me distancia de quem eu quero ser.

 Mas essa é a verdade. E, pior, não me conformo por termos fracassado.. É preciso chegar até o seu limite, e perceber que pode aguentar mais do que imaginava, para aprender que ninguém pode ser responsável por determinar o encerramento de um ciclo em nossa própria vida. Nunca acaba quando termina, mas se você se esforçar um pouco consegue perceber o momento em que realmente foi o fim. Naquele instante em que percebi que você também estava se esforçando pra me esquecer. Olha só, que loucura! Eu, desse lado, pedindo ao tempo para não se demorar e você, do outro lado, pedindo a Deus pra não pensar mais em mim. Até parece que daríamos certo, não é? Por nos gostarmos. Ou só por gostarmos de nós, sei lá. Então, eu entendi: duas pessoas, mesmo querendo muito ficar uma com a outra, podem simplesmente não se aturar. Como eu pude pensar só em mim? Só em como eu me senti? Você também detestava viver assim. 

Eu ainda não me perdoei, mas estou tentando melhorar. Se eu tivesse a coragem de te falar, você veria o quanto eu mudei. Se você tivesse a ousadia de me dizer como está, eu torceria por ti. Todas as coisas que eu gostaria de ter te dito e ficaram entaladas no meu peito, floresceram. Eu vou tirar o melhor proveito. Não tenho dúvidas de que isso me tornou alguém melhor. 


O próximo vai saber valorizar o que você perdeu. Pois até eu, tive que aprender!

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Quebrar a cara às vezes é a única forma de consertar algumas coisas dentro da gente.


Depois que eu me apaixonei de verdade, e não deu muito certo, então eu não consigo mais… Eu acreditei durante muito tempo em amor romântico. Hoje em dia, eu não acredito em amor romântico, não. Eu acredito em respeito e amizade. Ou, então, atração física. Porque paixão, essa coisa de amor romântico mesmo, acho que traz muito sofrimento e sempre acaba. Você sofre, você fica pensando na pessoa, você não funciona direito. Ao mesmo tempo em que você descobre muitas coisas bobas em você, não sei, pelo menos comigo acontece isso. Eu descubro sempre as invejas, certos ciúmes, uma certa possessividade.. E isso incomoda. Eu fico ciumenta, insegura, dramática. Eu acho que o amor verdadeiro não passa por isso, não.  

O amor que eu vivi? Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que eu to na melhor fase do meu corpo. Ele não sabe quantas séries consegui terminar. Não sabe quais são meus novos assuntos nem musicas favoritas. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração. Ele tampouco sabe que eu amadureci. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria. 


Ame-se primeiro. Cuide-se primeiro. Valorize-se primeiro. Depois que você se amar, cuidar de si, tiver curada, com o seu coração leve e disponível; queira alguém. Entendeu? É que quando a gente demonstra sentimentos e afeto demais por uma pessoa, um dia, acaba dando tudo errado. Você sabe. O barato da vida é deixar rolar, deixar as coisas acontecerem aos pouquinhos. Se o cara percebe que te tem nas mãos, babau... Ele vai enjoar entende? Não comece de novo! Não repita o comportamento! É se desprendendo que a coisa se encaixa. Vai por mim. 

Caiu em si. Foi o melhor tombo da vida!



Você está sozinha. Você e a torcida do Corinthians. Assistindo Netflix, devora um pote de Nutella enquanto espera o celular vibrar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. - Ele vibra - É a sua mãe… (quem mais poderia ser?). Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase “cafa” sem disposição para relacionamentos sérios, ou pode chegar tarde demais e te encontrar desiludida da vida é cheia de olheiras. 

Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você começou o Crossfit e comprou uma lingerie linda? Agora que você está se achando bonita? Agora que você está empregada? Agora que você está com o coração machucado e precisa de alguém pra substituir? 

Garota, aquieta o facho. Não fique com inveja porque sua amiga tem o melhor namorado do mundo e você está ai solteira. Às vezes a grama do vizinho é mais verde, porque é falsa! Antes só do que mal acompanhada, certo? Quando eu digo em aquietar o facho, eu digo pra você parar de se preocupar em procurar. Não é procurando que se acha. É descombinando que tudo se combina.

Você sabe, não fique ai sofrendo por amor ou por carência no qual ninguém dá jeito. Tenha paciência, calma e força para cruzar esses dias cinzas. O amor é distração, ele pega a gente distraído. O amor gosta de encontrar pessoas, não gosta de ser encontrado. 


Olha vou te contar uma coisa muito minha, um segredo talvez: Depois que ele me deixou, chorei horrores menina. Mas isso acontecia sempre antes de dormir. Durante o dia eu ficava tentando me distrair com coisas que eu não lembrasse dele, isso era bom. Porque lembrar de algo que se foi e não volta mais, dói. Foi durante uns meses isso, toda vez antes de dormir, me deitava na cama, pegava meu celular, colocava um fone de ouvido, aquela música que me fazia lembrar dos dias que passei ao lado dele. Aí chorava muito. Parecia uma criança. Não sei porque chorei, mas precisava esvaziar. Não sei se chorei por ser burra de ter acreditado outra vez e ter dado errado ou se chorei por ter perdido ele. Acho que foi pelos dois. 

Mas depois do choro, quase sempre, ficamos mais leve. Estes dias estou sentindo uma dor Feliz. Uma dor daquelas que eu pensei que não iria passar, que não iria superar, mas passou, superei. 

Viu como são as coisas menina? Por isso te falo: Aquieta o facho. Sossega. A gente não pode se entregar de bandeja. Aparece uma pessoa qualquer e a gente começa a criar para nós mesmos coisas que não vão acontecer. A gente tem essa mania (principalmente Eu). Acho que esse é o meu defeito. De esperar demais das pessoas. Olha, eu tô de boa. Fica de boa também. Sem essa de procurar o amor. Você é nova garota, é linda, tem um sorriso encantador e não vale à pena se entregar por tão pouco. Acredite. O que é seu, tá guardado! 


Quem nunca amou, sabe pouco da vida. Quem nunca perdeu um amor, sabe menos ainda.



Tenho saudade dos meus pés descalços andando no chão gelado da sua casa. Usando sua camiseta mais velha, agora a mais bonita e a mais cheirosa. Sem maquiagem, cabelo bagunçado, tentando esconder o rosto: “para, eu tô feia”. Como era gostoso acordar com você.
Acho que a saudade e a diversão ocupam o mesmo espaço e não conseguem viver juntas. Porque eu não penso em você quando estou me divertindo. Sério, eu não penso!

O problema é que eu não me divirto o tempo todo. Talvez por isso eu tenho estado sempre na rua. Talvez por isso as festas nos finais de semana e a conta absurda do cartão de crédito. De alguma forma você deve pensar que eu estou fugindo de você. Pois é, devo estar. Se soubesse quantas pessoas eu conheci nessas fugas. Tantos abraços, porres e novas musicas. Nessa de fugir, a gente acaba se reinventando. Se refazendo de várias formas. Se arriscando mais.


Você agora é minha melhor desculpa para aprontar sem medo e justificar novas paixões. Um dia a gente descobre que nada dura pra sempre. E passa a agradecer por isso. Aquela dor que sambava no meu peito de salto agulha, passou. Do mesmo jeito que o amor que você jurava sentir por mim e dizia  ser eterno, também se foi. Afinal, era fácil me amar quando você estava na fase da conquista, quando meu ciúmes era charme. Era fácil me amar depois de um sexo sensacional em que você me deixava molhada e pensava que mulher gostosa eu tenho. Era fácil me amar quando a química, a pele com pele falava mais alto. Era tão fácil dizer “você é o amor da minha vida” quando bebíamos juntos, ríamos juntos, sonhávamos juntos. Difícil foi quando a paixão passou e o amor veio pra te fazer enxergar, que eu tinha defeitos sim. Paranóias sim. Foi difícil pra você me amar, depois da décima discussão. Foi complicado quando a namorada que você pensou ser IDEAL, era REAL. E com ela vinha uma bagagem de imperfeições. Quando eu menos merecia ser amada, era quando eu mais precisava. Mas você não suportava minha TPM. Era fácil me amar quando eu correspondia a suas expectativas, difícil era amar nas diferenças. Você não soube amar...

Algumas coisas não deveriam partir. (Isso serve para pessoas e corações).
E é nessa hora que a gente precisa fazer com que a DECISÃO vença o SENTIMENTO. Algumas pessoas saem das nossas vidas para evitar maiores sofrimentos futuros.



E talvez o final feliz não inclua um cara incrível. Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. 
Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final feliz seja isto, saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança! 

Tenha coragem o bastante para dizer “ eu não preciso disso” e seguir em paz.


Há quem diga que as pessoas não mudam. Não vejo desta forma. Eu acredito na possibilidade de melhorarmos. Ainda assim, algo é certo: toda mudança exige tempo. Amadurecimento e atitude. Lapidar nossa essência é uma decisão diária que temos de tomar. Mas é aquela né, no fundo quem realmente deseja mudar, não avisa. Simplesmente muda. E foi o que eu fiz. Quando definitivamente cansei... Uma hora a razão pesa e a gente cansa. Tem coisa que não vale o esforço, nem a vontade de correr atrás. Uma hora você se depara com a sensação de ter feito tudo. E nada muda a escolha do outro. Perde-se a fé e o chão. Resta o silêncio. 

Hoje já não sei traduzir o que meu coração tem sentido. Só sei que pesa e tem gosto de saudade. Lembro que um dia tudo isso era leve e bonito. Nunca quis tanto alguém assim. Tantos planos, tantas fichas apostadas, expectativas criadas em um amor que não vingou. É de mim ser sentimento, mas às vezes dói mais que eu mereço. Queria ter esse poder que você tem, de me deixar sem nem olhar pra atrás. Você é um amor que quase aconteceu. A gente tinha tudo pra dar certo e não deu.
 É impressionante como esses amores que ficam por um fio, nos desequilibram. A gente fica com a sensação de que seria perfeito. Aquele gosto de não ter acordado junto o suficiente e histórias a serem vividas. Tudo seria mais fácil se viesse alguém do futuro, um otimista e falasse que surgirão novos amores. Ou então um pessimista avisar que é só a primeira de muitas despedidas.

Mas não vem ninguém. A gente morre de amor por falta de aviso. Enquanto isso, todo amor é o primeiro e todo amor é o último, até que provem ao contrário.





terça-feira, 22 de março de 2016

NÃO ERA AMOR. ERA (VA)CILADA.



Não existem motivos para querer estar com alguém que já não quer mais estar com a gente. Pelo menos não motivos reais, além das falsas seguranças e comodismos. Se você me disser "porque dói mais sem ele", eu preciso te contar a verdade. Ele provavelmente já não estava mais aqui. Há muito tempo, inclusive antes do fim. 

Sim, eu sei. É tão dolorido que até mesmo parece um chute. Mas, na verdade, é algo como um empurrão. O empurrão necessário para você seguir em frente. O empurrão necessário para você encontrar quem realmente queira estar ao seu lado. Inclusive você, mesmo que sozinha. Essas pessoas nos fazem um bem. Não pela dor, é claro, mas pela leveza que essa traz. Uma hora a dor passa, meu anjo. Mas a liberdade fica.





Términos. Fins. Despedidas. Podem até mesmo parecerem um alívio (e muitas vezes são), mas a verdadeira felicidade não está nos finais. Está nos recomeços. 

Os fins são apenas um caminho. O intermédio. Porque nada é tão valioso quanto o agora. Quanto as esperanças de novos capítulos. Existe um motivo para os nossos olhos e pés estarem no mesmo sentido. Para frente. O passado deve ser carregado apenas dentro do peito. Claro, com todos os seus merecidos cuidados e lições.



 A verdadeira felicidade não está apenas em se lembrar do que passou. Não. É preciso ser feliz com os novos caminhos, mesmo sem nunca sabermos quais são. Então, pare de ver os fins apenas como finais. Sem eles, nunca um recomeço teria existido.






"Mas eu não consigo ser feliz sem ele". Consegue. Com certeza, consegue.


Talvez não encarando a vida dessa forma. Mas sejamos sinceras: você também não seria feliz com ele, com tão pouco amor próprio. Você pode até dizer: "mas nós precisamos de família, amigos e amores". Sim, eu concordo. Completamente. Mas nenhum desses se faz tão necessário quanto o amor próprio.



Quanto poder abraçar os seus defeitos com mais leveza e reconhecer as suas qualidades com mais carinho. Um "eu" sólido. Um "eu" capaz de não aceitar os tantos desrespeitos existentes por aí. Eu já conheci pessoas incríveis e felizes sem nunca experimentarem um relacionamento “sério” e duradouro. Sem nunca terem conhecido as suas famílias. 



Talvez o amor próprio não seja sempre suficiente. Eu sei. Mas com certeza é necessário. 







Posso falar por experiência própria. Não era amor. Era va(cilada).

Não foi nada pessoal. Ou até foi, mas não com ele. Foi comigo mesma. Isso não significa que eu tenha esquecido. Isso não significa que eu tenha deixado de lado todos os carinhos que dividimos. Os sorrisos. Os momentos bons. Eu me lembro. Inclusive até mais do que deveria. Mas, felizmente, eu me lembro também de todas as vezes em que me anulei. Quando deixei de ser eu mesma para ser um alguém que o agradava. Um alguém que se encaixava em todos os seus sonhos e planos, mas tão distante de mim. Não é nada com ele. Pelo menos não diretamente. Eu apenas me lembrei do essencial: eu mesma
Um eu abandonado em alguma esquina, por tanto querer agradá-lo, impressioná-lo. 
Por tanto não notar certos egoísmos. Se eu o culpo? Não. Longe disso. Afinal, eu não deveria ter aceitado esse caminho. Mas, por sorte, eu me lembrei disso.



Então, pare de colocar a sua felicidade nas mãos alheias. Você só precisa de um amor para ser feliz. O próprio. Encontre-o. Depois, pode dividi-lo com quem quiser.